© Beto Barata/PR
O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira (16), no Palácio do Planalto, decreto de intervenção na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro até o dia 31 de dezembro de 2018.
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"Vocês sabem que o crime organizado quase tomou conta do Estado do Rio. É uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade do nosso povo. Por isso, acabamos de decretar a intervenção federal na área da segurança pública. Vocês sabem que eu tomo essa medida extrema porque as circunstâncias assim desejam", disse o presidente, em seu discurso.
"O governo dará respostas duras, firmes e necessárias para derrotar o crime organizado e as quadrilhas. Não podemos aceitar a morte de inocentes. É intolerável que nós estejamos enterrando mães e pais de famílias, policiais, jovens e crianças, vendo bairros inteiros sitiados, sob a mira de fuzis, com avenidas transformas em trincheiras", prosseguiu Temer.
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Ele ainda destacou que a decisão foi tomada em conjunto com o governo fluminense. "A intervenção foi construída em diálogo com o governador Pezão, e nomeei como interventor o general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste (CML)", explicou Michel Temer.
O presidente ainda fez questão de afirmar que, em conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Eunício Oliveira, na noite de ontem (15), ficou decidido que as negociações sobre a reforma da Previdência continuam.
Temer voltou a defender que a medida também é fundamental para o futuro do país. "No instante em que se verifique que há condições para a votação da reforma, eu farei vetar a intervenção", destacou o presidente.
Michel Temer afirmou que a medida tem vigência imediata, embora ainda deva ser submetida ao Congresso Nacional. Do evento também participaram, além de Temer, Maia, Eunício, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão; o ministro da Defesa, Raul Jungmann; da Justiça, Torquato Jardim; da Fazenda, Henrique Meirelles; o general e ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Sérgio Etchegoy; e o secretário-geral do Governo, Moreira Franco.
A medida prevê que as Forças Armadas assumam a responsabilidade do comando das polícias Civil e Militar, bombeiros e Secretaria de Segurança Pública do Estado.