Privatização da Eletrobras pode atrasar

A prioridade no Congresso agora passa a ser a pauta da segurança pública, como disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

© Reuters

Economia prioridades 17/02/18 POR Estadao Conteudo

O decreto de intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio pode atrapalhar os planos de privatização da Eletrobras, embora não tenha efeito direto sobre o processo. A prioridade no Congresso agora passa a ser a pauta da segurança pública, como disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele citou na sexta-feira, 16, a necessidade de endurecer e modernizar leis relacionadas ao tráfico de drogas e armas e de integração do sistema de segurança nacional.

PUB

Questionado se o decreto iria causar atrasos no cronograma de votação do projeto de privatização da companhia, Maia disse apenas que a intenção "nunca foi votar o projeto em fevereiro ou março". A previsão dele é que as discussões durem entre 40 e 60 dias na Câmara. A privatização da companhia é um dos principais itens da pauta econômica de 2018, por conta do reforço de caixa para o Tesouro de, pelo menos, R$ 12 bilhões.

+ Vivo corre contra o tempo para fechar acordo na área de internet

"O calendário do projeto de lei da Eletrobras está tranquilo", minimizou o deputado, que, antes da intervenção, previa que a proposta iria a votação no plenário em abril. Maia afirmou que o decreto da intervenção provocou uma "antecipação da pauta da segurança", que, até então, estava na agenda da Câmara e do Senado para depois da reforma da Previdência.

O relator da proposta de privatização da Eletrobras na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), disse que mantém a intenção de votar o projeto de lei na segunda metade de abril.

"Claro que temos de ouvir as pessoas: governo, economistas, especialistas. Mas acho possível prepararmos o relatório e votarmos em abril. Foi o que combinei com Maia", afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. O presidente da comissão será o deputado Hugo Motta (MDB-PB).

A desestatização da companhia será tratada por meio de projeto de lei já enviado ao Congresso pelo Executivo. Não há impeditivo direto, pois o decreto de intervenção no Rio inviabiliza apenas alterações na Constituição, como a proposta de emenda constitucional (PEC) sobre a reforma da Previdência.

Mas a votação pode atrasar, caso os parlamentares desistam de pautar o projeto para discutir a questão da segurança pública. Procurado, o Ministério de Minas e Energia não se pronunciou a respeito das dificuldades adicionais na votação do projeto de lei.

Embora o governo oficialmente ainda insista na reforma da Previdência, a privatização da Eletrobras passa a ocupar o primeiro lugar na lista de prioridades da agenda econômica este ano. A avaliação da área econômica é que a privatização será peça importante no quebra-cabeça do ajuste fiscal de 2018. O desafio, porém, será enfrentar os partidos de oposição, a bancada mineira e os deputados do Nordeste, todos contra o projeto. Com informações do Estadão Conteudo. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 17 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 19 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 20 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 18 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

politica Tensão Há 20 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

lifestyle Alívio Há 20 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

fama Luto Há 20 Horas

Morre o lendário produtor musical Quincy Jones, aos 91 anos

fama Saúde Há 19 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

tech WhatsApp Há 20 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

mundo Catástrofe Há 18 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia