© Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Líder nas intenções de voto para as eleições presidenciais em cenários sem Lula, o ex-capitão do Exército e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) usou as suas redes sociais para opinar sobre a intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro. E atirou para todos os lados.
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De acordo com o parlamentar, que garante apoiar a intervenção federal que repassou a segurança no Estado às Forças Armadas por meio de decreto presidencial, é preciso dar retaguarda jurídica aos agentes, garantindo que nenhum dele será investigado por atitudes cometidas durante o período de intervenção.
"O que falta ao nosso policial militar, civil, federal, agente penitenciário, da Polícia Rodoviária Federal, e passando pelos integrantes das Forças Armadas para cumprir a sua missão é retaguarda jurídica, o excludente de ilicitude em operação. [É] uma garantia que lá na frente não será submetido a uma auditoria militar ou a um tribunal do júri. Só tratando essa questão a partir disso podemos discutir segurança no Rio de Janeiro e no Brasil", opinou.
Sem mudarmos as Leis, que protegem os marginais, essa Intervenção será apenas um remendo. Jair Bolsonaro. pic.twitter.com/82ieoCL92d
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) 17 de fevereiro de 2018
Bolsonaro criticou a forma com que a intervenção foi decidida – "nos porões do Palácio do Planalto, longe dos integrantes das Forças Armadas" –, e destacou acreditar que tudo não passe mais uma vez de "um remendo", questionando as chances de sucesso. Todavia, ele defendeu ações energéticas e, se necessário, mais violência na capital fluminense.
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"A insegurança no Rio de Janeiro tem que ser combatida com energia ou, se for o caso, com mais violência ainda. E com o excludente de ilicitude para o nosso agente da lei. Deus salve o nosso Rio de Janeiro", completou o ex-capitão do Exército.
Em outra mensagem, o deputado defendeu que o presidente Michel Temer (MDB) deveria "dar o exemplo" e deixar o cargo, junto com os seus principais ministros, para que "a faxina tenha legitimidade", fazendo referência às acusações de corrupção que pairam sobre a atual cúpula do governo federal.
“O exemplo tem que vir de cima. Logo deveria Temer e Ministros envolvidos em corrupção afastarem-se do Poder para que a faxina tenha legitimidade!” pic.twitter.com/9ovUSqWYUF
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) 18 de fevereiro de 2018
Sobrou até para o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS). Para Bolsonaro, Temer deveria se livrar de um ministro que é "comunista e desarmamentista", referindo-se à postura de Jungmann enquanto deputado federal, sendo um dos líderes do Estatuto do Desarmamento, que vigora no Brasil há 13 anos.
- General Heleno e como deveria ser uma Intervenção para valer.- Jair Bolsonaro: "O primeiro ato, se Temer tivesse autoridade moral, seria substituir o atual Ministro da Defesa, que além de comunista, é desarmamentista." https://t.co/mGotyHQ68A
— Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) 17 de fevereiro de 2018
Embora mantenha o forte discurso em favor dos agentes de segurança, Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação ao crime de estupro e injúria. O caso ainda não tem data para ser julgado. Com informações do Sputnik Brasil.