© Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Entre as várias histórias de coragem que se ouviram nos últimos dias, após o tiroteio de quarta-feira numa escola da Florida em que morreram 17 pessoas e 14 ficaram feridas, está a de Melissa Falkowski.
PUB
A professora estava dando aulas quando começou o ataque. Naquele dia, como já foi noticiado, estava prevista uma simulação de emergência, mas não para aquela hora, deixando a docente imediatamente em alerta.
“Estava muito perto da minha sala de aula, portanto voltei imediatamente para trás e comecei a colocar crianças lá dentro. Gritei para eles entrarem: ‘Entrem, entrem, fiquem em qualquer lugar’. Comecei a pensar: ‘Tenho que fechar esta porta, tenho que fechar esta porta’. O treino dizia ‘apanhem o máximo de crianças que conseguirem, fecham a porta e não a abram mais’”, relembrou a docente, em entrevista à BBC, que pode ouvir abaixo.
+ Homem dispara contra carro e mata criança de 4 anos nos EUA
Quando questionada sobre o estado de espírito dos alunos que conseguiu juntar dentro de um armário da sala, Melissa descreveu um cenário de algum pânico. “Alguns estavam bem, calmos, e outros começaram logo a chorar. Estavam recebendo mensagens dos amigos, estavam nas redes sociais, viam que havia já crianças baleadas, choravam”, afirmou.
A professora explicou que também se sentia “aterrorizada” mas que sabia qual era a sua missão. “Aqueles meninos e meninas eram os meus alunos, tinha que tomar conta deles naquele momento e portanto foi o que fiz”, concluiu.