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"O resultado do varejo ampliado foi muito ruim e é o usado para fazer as projeções. Sem dúvida, vai causar uma revisão razoável no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) e, consequentemente, afetar a expectativa do PIB do quarto trimestre", disse o economista.
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A expectativa de alta de 0,10% no PIB do último trimestre de 2013 na margem pode ser revista e o economista não descarta um resultado negativo. "Isso significaria uma recessão técnica, com dois trimestres seguidos de queda", apontou Leal. No terceiro trimestre, o PIB brasileiro caiu 0,5% na comparação com o segundo. "Depois de quedas de 3,5% na produção industrial e 1,5% no varejo ampliado, é difícil ficar otimista", disse Leal, em referência aos dados de comparação de dezembro ante novembro.
O economista-chefe do ABC Brasil destacou que o mais surpreendente foi o resultado ruim do varejo na comparação anual, principalmente no ampliado, que engloba veículos e materiais de construção. "Por causa das medidas de incentivo, como a redução do IPI, os dados são mais difíceis de projetar porque há um deslocamento de demanda. Mas dessa vez o dado na comparação anual também veio muito ruim. Então não foi um problema de sazonalização", comentou, destacando as vendas de veículos e de móveis e eletrodomésticos como resultados que chamam a atenção porque estão ligados a incentivos do governo.
O que mais surpreendeu, de acordo com ele, foi a queda de 3,4% nas vendas de veículos em dezembro, de acordo com o IBGE. "Se em dezembro os dados que tínhamos de veículos eram bons e no varejo do IBGE vieram ruins, imagine em janeiro, mês em que os dados já se apresentaram ruins", comentou.
A projeção do economista para o PIB de 2013 é 2,10%, o que não deve ter uma grande alteração mesmo se a atividade do quarto trimestre vier mais fraca do que o esperado. "A diferença será para 2014, com o carrego estatístico. Quanto pior o dado do quarto trimestre, pior será o PIB de 2014."