© Ueslei Marcelino/Reuters
Apesar de o Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro ter aberto inquérito, na última segunda-feira (19), para investigar o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, por irregularidades em sua viagem durante o carnaval, ele não parece estar preocupado.
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No período em que esteve ausente, em viagem à Europa, um forte temporal também causou destruição e deixou quatro mortos na cidade, além de milhares de desabrigados.
No entanto, de acordo com o colunista Bernardo Mello Franco, de O Globo, o prefeito chegou a fazer piada sobre o assunto. "Lá em São Paulo também tem enchente. Vão até lançar um programa novo: o Balsa Família", teria dito Crivella.
Na noite de ontem (21), voltou a chover forte na capital, mas o prefeito estava em Brasília. Foi ao encontro do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com o objetivo de solicitar recursos.
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Ainda segundo o colunista, ele deveria retornar ao Rio nesta manhã, mas o voo foi cancelado devido a problemas na turbina do avião da Latam. Ainda no aeroporto do Distrito Federal, encontrou-se com o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), seu adversário na eleição de 2016, e aproveitou para fazer uma foto com ele.
No inquérito do MP, o presidente da Riotur, Marcelo Alves também é investigado pelo órgão. Crivella foi para a Alemanha com outras quatro pessoas - cujas passagens foram pagas pela prefeitura, além de duas diárias de hotel. Mas, os gastos contabilizam aproximadamente R$ 130 mil.
O prefeito alegou que sua viagem foi "a serviço do Rio" e que não foi uma "viagem do guardanapo" - fazendo alusão a uma foto do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com um guardanapo na cabeça em um restaurante em Paris.
Desde que assumiu o cargo, há 14 meses, Crivella já realizou seis viagens internacionais, tendo ficado mais de 30 dias fora do país, segundo informações da agência Ansa. Sua última locomoção foi realizada no dia 11 de fevereiro e terminou no último sábado (17). Enquanto o prefeito estava fora do país, Michel Temer decretou intervenção militar no Rio de Janeiro, em meio a crise de segurança no estado. Além disso, na quinta-feira (15) fortes chuvas desalojaram mais de 2 mil pessoas na região.