© Ricardo Stuckert / Divulgação
Em sua passagem por Minas Gerais, nessa quarta-feira (21), onde lançou sua pré-candidatura à presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar sobre sua condenação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que pode tirá-lo da disputa de outubro.
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“Quero que tenham vergonha na cara e respeitem o resultado eleitoral. Perdi três eleições e nunca reclamei, nunca fiz protesto. Ia para casa me preparar para outras”, resumiu. “Eu sou filho de uma mulher analfabeta que me ensinou a nunca baixar a cabeça, e por isso quero dizer aos que querem me impedir de ser candidato: tenham coragem. Aprendam a lamber suas feridas e disputem eleições comigo para ver quem ganha e quem tem a melhor proposta. Permitam que a democracia vença!”, afirmou.
Os desembargadores da Corte não apenas confirmaram a pena dada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, como ainda aumentaram a sentença, que passou de nove anos e meio de prisão para 12 anos e um mês, em regime fechado, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
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Durante o evento, realizado no Expominas, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, defendeu o nome de Lula como único candidato da sigla. ““Lula vai ser candidato e vai provar sua inocência. Mais do que candidato do PT, Lula é o candidato de parcela expressiva do povo. Cabe ao partido viabilizar sua candidatura”, afirmou.
Já o governador mineiro, Fernando Pimentel, aproveitou seu discurso para criticar o decreto de intervenção federal no Rio, assinado pelo presidente Michel Temer. Para ele, o objetivo da ação é colocar as Forças Armadas contra o povo e o povo contra as Forças Armadas. “Vai lá buscar o tráfico de drogas, o crime organizado, os fuzis, as toneladas de cocaína que costumam circular de helicóptero. Porque não vão guardar nossas fronteiras? O que acham que nós somos?”, questionou.