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O governo haitiano retirou nesta quinta-feira (22) a autorização da ONG britânica Oxfam de operar no país depois do escândalo sexual que envolve funcionários da organização. De acordo com o site "Skynews", as autoridades do Haiti informaram que a "medida é temporária".
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Entenda o caso
No dia 13 de fevereiro deste ano, o regulador das Organizações Não-Governamentais (ONG) no Reino Unido anunciou que abriria uma investigação para analisar como a Oxfam geriu o escândalo sexual ocorrido em 2011 no Haiti.
A chamada Charity Commission está investigando o procedimento da ONG britânica depois do jornal "The Times" revelar que alguns dirigentes e funcionários da instituição contrataram prostitutas e organizaram orgias em instalações financiadas pela Oxfam. O episódio teria acontecido durante a missão humanitária pós-terremoto de 2010.
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A organização, por sua vez, que recebe anualmente cerca de 300 milhões de libras de fundos públicos do Reino Unido, reconheceu que a conduta daqueles trabalhadores foi "completamente inaceitável", mas negou que teria ocultado os fatos.
A subdiretora da Oxfam, Penny Lawrence, chegou a renunciar ao cargo após assumir "inteira responsabilidade" pelo escândalo. Além disso, ela relatou sua "tristeza e vergonha pela conduta de funcionários no Chade e Haiti, incluindo a relação com prostitutas". Lawrence explicou que os comportamentos inapropriados "do diretor da ONG no Chade e de sua equipe" já tinham sido "apontados antes de ir ao Haiti". "Não respondemos de forma adequada", admitiu. Com informações da ANSA e da Folhapress.