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"É muita emoção, é um desabafo por tudo o que eu passei nessas duas semanas. Não foi fácil, foram duas semanas bem pesadas para mim, com ajuda de psicólogo, de terapeuta, do pessoal do COB [Comitê Olímpico Brasileiro]. Ainda nesta semana, machuquei meu joelho novamente. Os médicos não queriam me autorizar a competir e eu disse: 'Pelo amor de Deus, eu preciso competir'", revelou a ex-ginasta, em entrevista ao Sportv.
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Além das dores e do desconforto de substituir a amiga, Josi Santos admitiu o nervosismo por competir em uma prova que não tem qualquer histórico. A ex-ginasta começou a treinar na modalidade há apenas sete meses. "Antes de descer, é muita coisa que passa na cabeça. Só queria executar o salto bem e mostrar para o público que o Brasil não é só futebol", disse a atleta, que voltou a lamentar a ausência da amiga em Sochi.
"Amo muito ela, quero que se recupere logo. Foi muito difícil estar aqui sem ela. Ela me deu uma força tremenda, pedindo para eu vir", declarou Josi, que homenageou Lais antes e depois da prova, fazendo um "L" com os dedos da mão. "O Brasil está nessa força, nessa energia, mandando essa força para ela se recuperar logo e, quem sabe, andar".
Empolgada por disputar sua primeira Olimpíada, Josi já planeja disputar os próximos Jogos de Inverno. "Nunca esquiei, ainda sou uma patinha. Ainda estou em fase de adaptação, mas em 2018 será diferente. Aqui foi uma experiência. Quero entrar em 2018 como uma atleta, que quer chegar a disputar medalha", projetou a atleta - os Jogos de 2018 serão disputados em Pyeongchang, na Coreia do Sul.
Na prova aérea do esqui estilo livre, disputada nesta sexta, Josi ficou na 22ª e última colocação. Apenas as 12 primeiras colocadas avançaram à final da prova.