Unicamp também adota disciplina sobre 'golpe de 2016'

Professor que vai ministrar o curso na UnB afirma que vem sendo perseguido pelo ministro da Educação desde que a disciplina foi anunciada

© Lula Marques / AGPT

Brasil polêmica 24/02/18 POR Notícias Ao Minuto

Seguindo os passos da Universidade de Brasília (UnB), o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp criou uma disciplina chamada: “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, em referência ao impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff.

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O professor da UnB Luis Felipe Miguel, que vai ministrar o curso na instituição, afirma que vem sendo perseguido pelo ministro da Educação do presidente Michel Temer, Mendonça Filho, desde que a disciplina foi anunciada, segundo o Brasil 247. O MEC informou que acionará o Ministério Público Federal para apurar o suposto “ato de improbidade” por parte de quem criou a disciplina na UnB.

O IFCH decidiu oferecer o curso - com basicamente o mesmo conteúdo da UnB - em solidariedade ao professor e em protesto contra ações do governo que vão de encontro à autonomia universitária.

+ Suspensa multa de R$ 2,3 mil por gritar “Fora Temer”

Leia a íntegra da nota divulgada pelos docentes da Unicamp:

"Nota do Departamento de Ciência Política da Unicamp em defesa da liberdade de cátedra e da autonomia universitária

O Departamento de Ciência Política da Unicamp vem a público manifestar irrestrita solidariedade ao professor e pesquisador Luis Felipe Miguel, da Universidade de Brasília, que ministrará neste semestre a disciplina “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”.

Repudiamos as declarações e ameaças do ministro da Educação do governo golpista contra nosso colega da UnB. Elas são a demonstração cabal de que vivemos em um contexto político autoritário, no qual a máxima autoridade federal no campo educacional infringe a liberdade de cátedra e a autonomia universitária contra um docente e cientista político que apenas cumpre seu dever de ofício: pesquisar, elaborar cursos sobre a realidade e ensinar.

Manifestamos nossa mais profunda indignação contra os ataques à Universidade Pública e aos seus membros que temos assistido nos últimos meses no Brasil. Não é esse o caminho pelo qual transformaremos o Brasil em um país soberano, justo e livre. Estamos e estaremos juntos na luta para mudar a atual situação política do país.

Docentes do Departamento de Ciência Política da Unicamp e demais apoiadores"

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