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O presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, vão debater neste domingo (25) com o presidente russo, Vladmir Putin, a aplicação da resolução aprovada no sábado pelo Conselho de Segurança da ONU que prevê um cessar-fogo humanitário de um mês na Síria.
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Num comunicado divulgado no sábado à noite, o governo francês classificou a aprovação da resolução como "uma primeira etapa indispensável", antes de anunciar que Emmanuel Macron e Angela Merkel vão hoje manter conversações com o presidente russo sobre "a implementação desta resolução e sobre o caminho político necessário para alcançar uma paz duradoura na Síria".
"Estaremos nas próximas horas e dias extremamente vigilantes sobre a sua implementação concreta", adverte a França, sublinhando que a trégua "deve ser respeitada" e que "os comboios humanitários devem poder chegar sem demora às localidades mais afetadas pela violência e pela escassez" e que "as evacuações médicas de emergência devem ser implementadas sem impedimentos".
Após intensas negociações com a Rússia (aliado tradicional da Síria), a votação da resolução da ONU foi realizada cerca de duas horas mais tarde do que estava inicialmente prevista.
O texto adotado "exige que todas as partes cessem as hostilidades sem demora pelo menos durante 30 dias consecutivos na Síria para uma pausa humanitária duradoura".
O objetivo, segundo a resolução elaborada pelo Kuwait e pela Suécia, é "permitir a entrega regular de ajuda humanitária, serviços e a retirada de doentes e de feridos mais graves".
"Não é um acordo de paz para a Síria, o texto é puramente humanitário", disse o embaixador da Suécia na ONU, Olof Skoog, co-signatário do texto com o seu homólogo do Kuwait.
Nas negociações, os países ocidentais recusaram o pedido de Moscou para que qualquer coluna de ajuda humanitária tivesse uma autorização prévia por parte de Damasco.
A exclusão do cessar-fogo das zonas em que estão a ser travados combates contra grupos 'jihadistas', como o extremista Estado Islâmico (EI) ou a Al-Qaeda, está prevista na resolução.
A pedido da Rússia também estão incluídas as zonas onde estão "outros indivíduos, grupos, entidades e associados da Al-Qaida e ao EI, bem como outros grupos terroristas designados pelo Conselho de Segurança".