Uma das principais lojas de armas dos EUA anuncia restrições

A decisão da Dick's Sporting Goods acontece duas semanas após o ataque a uma escola na Flórida

© Reuters

Mundo Vendas 28/02/18 POR Folhapress

Uma das principais lojas de artigos esportivos nos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (28) que não vai mais oferecer fuzis e pentes de alta capacidade e que não irá mais vender nenhum tipo de arma para pessoas menores de 21 anos.

PUB

A decisão da Dick's Sporting Goods acontece duas semanas após o ataque a uma escola na Flórida na qual um adolescente matou 17 pessoas usando um fuzil AR-15.

+ Tiroteio em escola dos EUA: polícia prende professor

"Quando vimos o que as crianças estão passando, o luto dos parentes e as crianças mortas em Parkland, sentimos que tínhamos que fazer algo", disse o presidente da empresa, Ed Stack, à rede de TV ABC. 

A companhia já tinha interrompido a venda de fuzis em suas lojas da marca Dick's desde 2012, após o ataque a tiros na escola de Sandy Hook, mas ainda oferecia o equipamento nas outras lojas que controla, como a Field & Stream.

"Nós defendemos e respeitamos a Segunda Emenda e reconhecemos que a maioria dos donos de armas nesse país e de cidadãos responsáveis e seguidores da lei. Mas temos que resolver o problema que está na nossa frente", disse Stack em uma carta pública na qual divulgou a medida.

Em seu comunicado, Stack revelou que Nikolas Cruz, o adolescente responsável pela chacina na Flórida, comprou uma arma em uma loja da Dick's Sporting Goods nos meses anteriores ao ataque. Embora o equipamento não tenha sido o mesmo usado na chacina, poderia ter sido, disse o executivo.

"Claramente isso indica em diversos níveis que o sistema em funcionamento não é efetivo para proteger nossas crianças e nossos cidadãos". 

A decisão da empresa, que tem sede em Pittsburgh, acontece após uma onda de protestos nos Estados Unidos lideradas pelos alunos da Marjory Stoneman Douglas, a escola da Flórida onde ocorreu o massacre em fevereiro, com apoio de estudantes em todo o país que sobrevieram a ataques dentro das salas de aula. 

Os adolescentes pediram, entre outras medidas, o banimento da venda de fuzis, de pentes de alta capacidade e de "bumpstocks" (mecanismo que permite o disparo mais rápido de tiros), assim como a proibição da compra de armas por menores de 21 anos e por pessoas com histórico de problemas mentais, como era o caso de Cruz. 

Os estudantes também pressionam políticos e empresas como a FedEx e a Delta Airlines a romperem sua ligação com a organização do lobby pró-armas NRA (Associação Nacional do Rifle). 

Stack, o presidente da Dick's Sporting Goods, disse que a empresa está preparada para receber pressão dos grupos favoráveis a venda de armas, mas afirmou que a decisão tomada é permanente. Procurada pela agência Reuters, a NRA não comentou o assunto. Com informações da Folhapress. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 15 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 7 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 15 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 15 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 13 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 13 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

brasil São Paulo Há 15 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

esporte Indefinição Há 15 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

fama Documentário Há 7 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

fama LUAN-SANTANA Há 15 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento