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A organização ecologista Greenpeace denunciou a presença de níveis excessivos de radioatividade em áreas que foram reabertas à população, nas imediações da central nuclear japonesa de Fukushima, que sofreu um acidente em 2011.
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Em relatório publicado esta quarta-feira (28), baseado em mediações realizadas pela própria organização, a Greenpeace assinala que muitas das áreas se encontram em situação de "emergência radiológica", apesar do Governo nipônico ter levantado as restrições de acesso a estes locais, após anos de limpeza e descontaminação radioativa.
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Este panorama contrasta com a versão das autoridades do Japão, que falam de uma progressiva volta à normalidade nestas zonas afetadas pela catástrofe nuclear causada pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.
O documento detalha, por exemplo, que nas localidades de Namie e Iitate, situadas entre 10 a 40 quilômetros da central e onde se levantaram parcialmente as ordens de evacuação há um ano, a radiação continua em níveis "muito acima dos padrões internacionais".
A organização assinalou a "escassa eficácia" dos trabalhos de descontaminação nas zonas afetadas. Ainda criticou que Tóquio tenha decidido "demasiado depressa" a reabertura do acesso a algumas áreas, apesar do "alto risco" que isso representa para os seus habitantes.
Da sua parte, o executivo japonês mantém que a radioatividade nas áreas reabertas não representa riscos para a saúde humana, e aponta dados corroborados por especialistas médicos do arquipélago e organismos como o Comité Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação.
O acidente nuclear de Fukushima é considerado o pior da história, depois do ocorrido em Chernobyl (Ucrânia) em 1986, e ainda mantém deslocadas dezenas de milhares de pessoas, além de provocar graves prejuízos à economia local, significando um custo total para o erário púbico estimado em 152 milhões de euros (cerca de R$ 600 milhões). Com informações da Lusa.