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Mais de 57 mil armas de fogo foram entregues na Austrália durante os três meses de uma anistia nacional que perdoou a posse ilegal de armas, visando prevenir o seu uso em atos terroristas, informaram as autoridades. Trata-se da primeira medida deste tipo desde o homicídio de 35 pessoas na localidade turística de Porth Arthur, em 1996, que motivou a compra de quase 700 mil armas ilegais.
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O ministro do Cumprimento da Lei e Cibersegurança, Angus Taylor, disse ao Canal 9 que os resultados "superaram as expectativas", detalhando que do total de armas entregues, "quase 2.500 foram semiautomáticas ou automáticas".
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O governante também se mostrou satisfeito com o elevado número de armas retiradas do chamado "mercado cinzento", em referência a armas não registradas e nas mãos de pessoas sem antecedentes, que eram suscetíveis de serem adquiridas por criminosos.
Cerca de um terço do total das armas, a maioria das quais espingardas, foram destruídas. A anistia, que decorreu entre 01 de julho e 30 de setembro do ano passado, teve como objetivo prevenir ataques terroristas.
Após a tragédia de 1996, o Governo australiano aprovou a atual Lei de Controle de Armas, que regula o arsenal mediante um sistema de licenças e proíbe a venda de todo o armamento automático e semiautomático, uma medida que fez diminuir consideravelmente o número de crimes com armas de fogo.
A Austrália tem sido cenário de vários atentados terroristas com armas de fogo, entre eles um que envolveu a toma de reféns num café no centro de Sydney e no qual morreram dois civis e o sequestrador. Com informações da Lusa.