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As autoridades da Eslováquia informaram nesta quinta-feira (1) que pelo menos três empresários italianos foram presos após seus nomes aparecerem em uma matéria investigativa sobre corrupção realizada pelo jornalista assassinado Jan Kuciak.
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Entre os detidos está Antonino Vadalà, seu irmão Bruno e o primo Pietro Catroppa. De acordo com a imprensa local, as autoridades invadiram os apartamentos do empresário em Michalowice e Trebisov, no leste do país, e prenderam os três italianos suspeitos de terem ligação com a máfia calabresa.
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A polícia investiga as suspeitas de crime organizado e fraude fiscal, já que Kuciak denunciou supostas ligações dos italianos com o grupo mafioso 'Ndrangheta' em um artigo publicado ontem (28) no site aktuality.sk.
Cerca de 10 pessoas foram presas durante as buscas e apreensões domiciliares, disse o chefe da polícia eslovaca, Tibor Gaspar ao jornal local. "Vamos informá-lo sobre o desenvolvimento da investigação no final do dia", informou à agência Tasr, Martin Waldl, da delegacia de polícia local. Kuciak foi encontrado morto em seu apartamento junto com sua namorada, Martina Kusnirova, em Velka Maca, cerca de 65 km de Bratislava, capital da Eslováquia. Os dois foram assassinados com um tiro cada.
Antes de sua morte, o jornalista havia escrito um artigo sobre quatro famílias da Calábria - Vadalà, Catroppa, Rodà e Cinnante - no qual revela uma suposta ligação delas com a máfia. Na Eslováquia, elas atuam na agricultura. No texto, o repórter também revelou os laços do empresário Antonino Vadalà com a assistente do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, Maria Troskova, e o secretário do Conselho de Segurança, Vilian Jasan. Ambos foram afastados até o final da investigação. Com informações da ANSA.