©  André Borges/Agência Brasília
A baixa adesão da população fez com que o governo de São Paulo prorrogasse mais uma vez a campanha de vacinação contra a febre amarela. O mutirão, que seria encerrado nesta sexta-feira (2), agora seguirá até o dia 16.
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Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, foram aplicadas 4,65 milhões de doses desde 25 de janeiro, o que corresponde a 50,3% do público-alvo. As regiões com menor procura são Baixada Santista (36,8%), Vale do Paraíba e litoral norte (47,6%) e Grande ABC (44,1%).
A capital paulista, que tem 23 distritos na campanha, teve até agora cobertura de 62,1%. Com isso, alguns postos têm mudado de estratégia nas últimas semanas para atrair a população, usando postos móveis de vacinação, cartazes e até megafones para chamar os moradores.
Ao todo, foram registrados 286 casos autóctones (contraídos no local) de febre amarela no Estado desde 2017, sendo que 102 resultaram em morte. As cidades com maior número de casos ainda são Mairiporã (133 casos e 39 óbitos) e Atibaia (49 casos e 14 óbitos). Na capital paulista, foram sete casos, tendo quatro deles evoluído a óbito.
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Entre as hipóteses para explicar a baixa adesão estão o período de Carnaval, que praticamente tirou a doença dos noticiários, o medo dos efeitos adversos da vacina e uma eventual descrença em relação à vacina com dose fracionada.
Além de São Paulo, Rio e Bahia também estão em campanha emergencial de vacinação com a dose menor. Apesar de ter 1/5 da dose padrão, ela tem a mesma eficácia, segundo o Ministério da Saúde. Já o tempo de proteção varia: enquanto a integral duraria por toda a vida, a segunda protegeria por ao menos oito anos.
O ministério afirma que a opção pela campanha com a dose fracionada ocorre para assegurar os estoques de vacina no país. Desde julho de 2017, já foram confirmados 723 casos de febre amarela em todo o país. Deste total, 237 morreram. Com informações da Folhapress.