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De acordo com a economista da CNC Marianne Hanson, um dos fatores que favoreceram a melhoria é a taxa de emprego. “O que mais chamou atenção foi a queda no percentual de famílias sem condições de pagar suas contas em atraso, que apresentou o menor nível de nossa série histórica, que começou em janeiro de 2010. O fato de o mercado de trabalho estar aquecido ajuda a termos indicadores de inadimplência mais favoráveis”, disse a economista.
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Em 2013, o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso era 22,1%, índice que caiu para 19,7% em fevereiro. O índice de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas também caiu, de 7%, em fevereiro de 2013, para 5,9% em fevereiro deste ano.
“As famílias estão otimistas em relação à sua capacidade de pagamento, porque o perfil do endividamento está melhor. As famílias estão mais cautelosas em relação às suas dívidas.”
“O percentual de famílias com contas em atraso caiu na comparação anual, mas teve uma leve alta entre janeiro e fevereiro. Isso se atribui a questão sazonal do início do ano, com os gastos extras que ocorrem no período.”
A economista lembrou que os primeiros meses do ano tendem a apresentar um pequeno descontrole nas contas, por gastos com matrícula em escola, lista de material escolar, Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial e Urbano (IPTU) e Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA).
Marianne Hanson disse que é vantagem para o consumidor trocar uma dívida com um juro mais alto por outra com percentual de juros mais baixo: “É vantagem, desde que não se continue aumentando o volume de dívida”. Segundo ela, a participação do cartão de crédito na dívida das famílias continua subindo. Outra modalidade que aparece na pesquisa é o cheque especial. “O cheque especial em fevereiro apareceu citado por 5,5% das famílias que possuem dívidas. Não é uma das dívidas principais, mas é maior que o crédito consignado.”