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Reunido em sessão extraordinária, o Conselho da Federação (câmara alta do Parlamento) aprovou o pedido apresentado pouco antes pelo presidente russo para autorizar “o recurso às Forças Armadas russas no território da Ucrânia, até a normalização da situação política nesse país”.
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Putin pediu ao Conselho da Federação para autorizar o recurso devido “à situação extraordinária na Ucrânia e à ameaça que pesa sobre a vida dos cidadãos russos, dos [nossos] compatriotas, das Forças Armadas russas destacadas na Ucrânia” e “até a normalização da situação política nesse país”, segundo comunicado do serviço de imprensa do Kremlin.
A Rússia poderá utilizar a frota do país no Mar Negro, que se encontra na Crimeia graças a acordo bilateral assinado entre Moscou e Kiev, ou enviar outras tropas que estão em território russo.
A presidenta da Câmara Alta do Parlamento russo, Valentina Matvienko, pediu ainda à Comissão de Negócios Estrangeiros do conselho para solicitar a Putin que chame o embaixador russo nos Estados Unidos.
O vice-presidente do Senado, Iuri Vorobiov, tinha defendido na reunião a retirada do embaixador em Washington em protesto contra as declarações do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na sexta-feira (28), de que “haverá custos para qualquer intervenção militar na Ucrânia”.
Declarando a preocupação dos Estados Unidos “com os relatos de manobras militares efetuadas pela Federação Russa dentro da Ucrânia”, Obama reconheceu que a Rússia tem interesses e laços culturais e econômicos com o país vizinho, mas considerou que qualquer violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia será “profundamente desestabilizadora”.