© Stefano Rellandini / Reuters
A gestora de investimentos norte-americana Elliott Management, controlada por Paul Singer, está acumulando ações na Telecom Italia, controladora da TIM, para tentar fazer frente ao domínio do grupo francês Vivendi na empresa italiana.
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Não se sabe ainda o montante já adquirido pela Elliott, mas o jornal "la Repubblica" diz que a participação do fundo na Telecom Italia já chega a 6% - a Vivendi tem 23,94% e é a principal acionista da companhia de telecomunicações, tendo nomeado tanto seu CEO (Amos Genish) quanto seu presidente (Arnaud De Puyfontaine).
O objetivo da gestora norte-americana seria apresentar um plano industrial próprio para a TIM e eleger um representante para seu conselho de administração. A "extração de valor" da operação da empresa no Brasil seria um dos focos da estratégia da Elliott.
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Por meio de um comunicado, a gestora confirmou que tem interesse am ações da TIM, mas garantiu que "não está tentando nem tentará assumir o controle" da empresa. "A governança, a avaliação, a direção estratégica e as relações com o governo italiano devem ser melhoradas", diz um porta-voz da Elliott.
A assembleia anual dos acionistas da Telecom Italia está marcada para 24 de abril, quando a gestora norte-americana poderá apresentar seus candidatos ao conselho de administração. Nos últimos anos, o fundo se revelou um acionista ativo, forçando mudanças em mais de 20 empresas, como a mineradora BHP Billiton.
"Todo acionista é bem-vindo, e é algo bom que a sociedade seja capaz de atrair acionistas", minimizou De Puyfontaine. Atualmente, a TIM é alvo de um procedimento do governo italiano, que decidiu exercer o chamado "golden power" instrumento que lhe dá poderes para "proteger" empresas estratégicas para o interesse nacional.
O caso diz respeito à concentração de ações da Vivendi em duas subsidiárias da TIM: a Sparkle, dona de uma rede de 500 mil quilômetros de cabos de fibra ótica, e a Telsy, fornecedora de telefones, aparatos e sistemas à prova de interceptações. (ANSA)