Agência vai rever aumento da tarifa de água em caso de queda de consumo

Espécie de gatilho permitiria aumentar tarifa de água em SP em caso de queda significativa do consumo e de receita

© iStock

Economia SP 08/03/18 POR Folhapress

A Arsesp (agência que regula o saneamento estadual) deu um passo atrás nesta quarta-feira (7) em relação a implantação de uma espécie de gatilho que permitira aumentar da tarifa de água da Sabesp em caso de queda significativa do consumo e de receita da estatal ligada à gestão Geraldo Alckmin (PSDB). 

PUB

Segundo a agência, o mecanismo de reequilíbrio passará por mais estudos e debate com a sociedade. Ele já tinha sido alvo de críticas quando foi apresentado em audiência pública. O IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade) definiu o aumento como um meio de "punir a sociedade e não inibir o consumo perdulário". 

Na prática, a possibilidade de reajuste automático protegeria a Sabesp numa nova crise hídrica, quando a população fosse forçada a diminuir radicalmente o consumo. 

O mecanismo serviria tanto para casos de aumento quanto de queda -o que quer dizer que, em caso de alta na receita da empresa, a tarifa também poderia cair. 

A base de cálculo seria o consumo móvel do sistema dos últimos 12 meses. Portanto, a variação em apenas uma residência, por exemplo, não causaria mudanças na tarifa aplicada. 

A Arsesp afirmou em nota que o mecanismo não tem nenhum impacto sobre o resultado final da revisão tarifária ordinária em andamento e, por isso poderá ser rediscutido posteriormente.

+ Valorização do salário mínimo se tornou obstáculo a emprego de jovens

PREJUÍZO

Em janeiro de 2015, quando a falta de água na periferia da Grande São Paulo chegava a 20 horas por dia, a Sabesp implementou um sistema de sobretaxa para inibir "gastões" -moradores com consumo elevado, na época cerca de 22% da população, segundo o governo do Estado.

Apesar de as medidas ajudarem a contornar a crise, tiveram como efeito colateral a redução nos lucros da empresa. Em 2014, os ganhos da Sabesp caíram pela metade.

No segundo trimestre de 2015, pela primeira vez durante a crise hídrica, a empresa de saneamento fechou o caixa no vermelho, com um prejuízo de R$ 580 milhões.

Com o fim da crise, decretada pelo governador Alckmin em março do ano passado, e o fim da sobretaxa, em abril, a Sabesp aumentou o volume de água distribuído, a população deixou de economizar e a quantidade de "gastões" voltou a crescer. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 20 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 23 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 23 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 22 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

lifestyle Alívio Há 23 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

fama Saúde Há 23 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

tech WhatsApp Há 23 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

mundo Catástrofe Há 22 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia

fama Óbito Há 16 Horas

Detalhes sobre o funeral de Liam Payne são divulgados

fama Mortes Há 19 Horas

Todos os famosos que morreram em 2024 e alguns você nem lembrava