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Atendendo a pedidos do Banco Central (BC) e dos consumidores, as instituições financeiras estão buscando alternativas para que os seus correntistas não fiquem mais de 30 dias no cheque especial, que tem juros de 324,7% ao ano. A proposta é, após 30 dias, transformar o saldo negativo automaticamente em um crédito pessoal, que tem uma taxa de 122,6% ao ano. O cliente teria que autorizar previamente essa transação.
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Fontes ouvidas pelo Globo informaram que a proposta está sendo analisada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e já foi levada ao BC, mas ainda deve sofrer alterações. Um dos pontos que precisariam ser decididos é se o limite de cheque especial permaneceria ativo ou não na conta após o parcelamento da dívida.
Segundo a publicação, alguns bancos propõe que a melhor saída é investir pesado em educação financeira, mas as empresas discordam em vários pontos.
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Um consenso é que a mudança não pode ser obrigatória, como aconteceu com a renegociação de dívida do cartão de crédito no ano passado. Eles querem que o cliente tenha a opção de optar por transformar a dívida do cheque especial em crédito pessoal.
Atualmente, os brasileiros estão utilizando R$ 24,4 bilhões do cheque especial.
A medida visa beneficiar o cliente que vive no cheque especial, mas pode não compensar para quem ficou no vermelho apenas um mês. O texto explica que utilizando o cheque especial por 30 dias, os juros ficam em 12,8% ao mês. Porém, se o valor for parcelado, os juros do crédito pessoal são, em média, de 122,6% ao ano.