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Começou nessa quarta-feira (7) o período de 30 dias para que os deputados federais troquem de partido, a chamada "janela partidária". Durante esse período, os partidos procuram os deputados para eleger uma bancada maior. Em troca, as legendas oferecem dinheiro do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário para bancar as campanhas.
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Em entrevista à Sputnik o advogado Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral, estima que 10% da Câmara dos Deputados, ou seja, 50 dos 513 deputados federais do Brasil vão trocar de partido.
"Não vejo que esta janela possa influenciar mudanças de muitos deputados. Sempre aqueles campeões de voto são os mais procurados, mas são 513 deputados no Brasil inteiro. Se a gente puder falar, eu diria que dos 513 deputados, pode ser que eu erre na previsão, mas eu acho que 10% é um número razoável [de deputados que vão mudar de partido]", afirmou.
Segundo um levantamento produzido pelo site Poder360, o DEM é um dos mais otimistas com a previsão de chegada de 10 deputados, o que levaria o partido a terceira maior bancada da Câmara. Já o PSDB está trabalhando com uma proposta negativa, com a possibilidade de fechar a janela com uma bancada menor.
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Alberto Rollo diz que os partidos normalmente oferecem além do dinheiro, tempo de televisão para os candidatos.
"Os partidos estão convidando outros deputados para ingressarem, portanto, aumentando as suas filieiras, e em troca dão algum dinheiro do fundo partidário para campanha e oferecem ao deputado mais tempo na propaganda eleitoral na televisão", disse.
O MDB, do presidente Michel Temer, está oferecendo R$ 1,5 milhão para a campanha de cada filiado. Já o PTB reservou para cada deputado do partido cerca de R$ 2 milhões da fatia do fundo eleitoral. (Sputnik)