© Tânia Rêgo/Agência Brasil
Lançado pré-candidato à Presidência da República, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, 8, ter certeza de que sua candidatura vai decolar e que ele chegará ao segundo turno das eleições deste ano. Ele afirmou não ver necessidade de seu partido continuar no governo a partir de abril e ressaltou não estar "disposto" em ser candidato para defender o legado do presidente da República, Michel Temer.
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"Minha candidatura vai decolar. Pode escrever. Não tem plano B. Pode escrever aí: estou no segundo turno com certeza", declarou Maia em entrevista à imprensa após a convenção nacional do DEM, na qual sua pré-candidatura foi oficialmente lançada. "Não tenho dúvida de que nossa candidatura estará no segundo turno e sairemos com vitória", reforçou o parlamentar fluminense e outro trecho da entrevista.
Maia minimizou seu baixo desempenho nas pesquisas eleitorais, nas quais aparece com 1% ou menos das intenções de voto. Ele avaliou que, pelos dados de rejeição, a candidatura dele é viável. "Não tenho problema em disputar eleição com baixa intenção de voto", afirmou, citando exemplo do pai, vereador César Maia, que foi eleito prefeito do Rio em 1992 mesmo com baixo desempenho nas pesquisas.
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O presidente da Câmara afirmou que, ao entender que um novo ciclo político vai se abrir, não pode "olhar para trás" e usar sua candidatura para defender o legado de Temer, pois é candidato para defender o "futuro". "A obrigação de defender o legado é do governo, não da minha candidatura. Para defender o legado do governo, não estou disposto", afirmou, ressaltando que, "de fato", há interesse do MDB de construir uma candidatura à reeleição de Temer.
Independência
Maia evitou cravar, mas sinalizou que o DEM deve adotar posição de independência em relação ao governo após o lançamento de sua pré-candidatura. "Minha opinião é que o Democratas não tem nenhuma necessidade de ser governo. Nossa pauta continuará sendo a de interesse do Brasil, independente de estar no governo ou na oposição. Não é atrás de cargos que o Democratas está", disse.
O DEM ocupa hoje o Ministério da Educação, com o deputado licenciado Mendonça Filho (PE). O parlamentar pernambucano, porém, deve deixar o cargo até 7 de abril, prazo para que ministros que disputarão as eleições deste ano se desincompatibilizem do cargo. A tendência, segundo apurou o Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), é de que o partido de Maia não indique um substituto.
O presidente da Câmara afirmou que defenderá as pautas em que ele e o DEM acreditam ser boas para o País, independente de serem do governo ou da oposição. Nas outras, deve criticar "na hora certa". "Tem coisas do governo do presidente Michel Temer que eu acredito. Tem outras agendas que não foram cumpridas e, na hora certa, poderei criticar", declarou.