© Reprodução
Tatá Werneck lembrou o episódio de quando foi expulsa da escola em que estudava. A atriz de "Deus Salve o Rei" disse que o colégio era muito conservador e que o frei decidiu por sua expulsão por discriminação de gênero.
PUB
"Tinham várias coisas que eu não concordava e como militante eu fui expulsar o frei da escola porque achei justo. Eu falei, 'olha, tem um abaixo-assinado e você está fora. Foi uma decisão nossa. Eu sou representante de turma e tenho um poder'. Eu era bagunceira, mas algumas bandeiras que faziam sentido eu levantava", contou ela no "Altas Horas" deste sábado (10).
+ Jennifer Lawence está há muito tempo sem sexo: 'Pênis são perigosos'
Tatá disse que a escola preparou uma lista dos 10 alunos mais bagunceiros, sendo ela a única mulher da relação de estudantes. O pai foi convocado a ir ao colégio, quando o frei anunciou a decisão:
"[O frei falou] 'Se eu tivesse que pintar um rosto de um anjo, eu pintaria o da sua filha, mas ela é o demônio e vamos expulsá-la da escola'. Meu pai, 'Vocês estão expulsando minha filha por quê? Os outros nove alunos vão ser expulsos?' Ele falou: 'Não. Mas porque ela é a única mulher a fazer bagunça dessa maneira'".
O tempo passou e, após ganhar um prêmio de mulher do ano pela revista "GQ Brasil", Tatá observou que o mundo está mudando para melhor: "Pensei que as mesmas razões pelas quais um frei me expulsou da escola pelos padrões femininos que a escola implementava, fizeram com que eu fosse enaltecida por uma revista como mulher de ano".
"Ai falaram, 'o cara te expulsou e olha no que você se tornou. Eu falei, 'em nada, eu me tornei o que sempre fui, mas o olhar das pessoas está mudando'. Hoje tenho uma voz que sempre tive e que era forçada pela escola que não chegasse até todo mundo", declarou. Com informações da Folhapress.