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O crime de contrabando causou um prejuízo estimado em R$ 345 bilhões nos últimos três anos no Brasil. O valor é equivalente a 25 anos de arrecadação de Mato Grosso do Sul.
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De acordo com o Jornal Nacional, a maior parte destes produtos entra no país pelo Mato Grosso do Sul, em cidades que fazem fronteira com a Bolívia e Paraguai. Os quatro galpões da Receita Federal no estado estão lotados de produtos como cosméticos, eletrônicos e pneus. Entre as mercadorias inusitadas está um carro, que está atualmente no galpão localizado em Ponta Porã. Para importar legalmente, o proprietário precisaria desembolsar cerca de R$ 1 milhão.
“O contrabando afeta diretamente a vida do trabalhador. E o contrabando espalha produtos sem a menor qualidade”, afirmou Luciano Barros, presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras.
Um projeto de lei aprovado na Câmara visa tornar as penas para contrabandistas mais duras. Além de perder a mercadoria e o veículo, o juiz poderá cassar, já na audiência de custódia, a carteira de habilitação do suspeito por cinco anos.
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“Esses motoristas que são aliciados pelo crime, são atraídos para a prática desse crime, no sentido de que eles vão começar a pesar que a consequência pode ser muito pesada, afinal de contas ter a CNH cassada significa que você está afastado da sua vida profissional, você encerrou ali, praticamente, a tua carreira como motorista”, explica Tercio Baggio, inspetor da PRF/MS.
Ainda de acordo com a reportagem, o projeto agora segue para o Senado.