© Max Rossi/Reuters
As forças de segurança da Itália cumpriram nesta terça-feira (13) 12 ordens de prisão preventiva contra supostos cúmplices de Matteo Messina Denaro, chefe da máfia siciliana Cosa Nostra.
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A operação, que contou com mais de 100 carabineiros da Unidade de Investigação de Trapani, foi conduzida a pedido da Direção Distrital Antimáfia (DDA), após a justiça de Palermo emitir os pedidos de detenção. Os homens são acusados de associação mafiosa, extorsão, favorecimento de bens. A ação decorre de uma investigação iniciada em 2014 sobre os membros das "famílias" de Vita e Salemi, localidades da zona oeste da cidade, que seriam cúmplices do mafioso mais procurado do país.
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As investigações, coordenadas pelo promotor de Palermo, Francesco Lo Voi, e por seu adjunto, Paolo Guido, permitiram a identificação dos lideres dos dois clãs e a descoberta de pessoas ligadas às gangues.
De acordo com as autoridades, eles foram descobertos a partir da venda de um terreno agrícola de 60 hectares na região da Sicília, por uma divergência no valor declarado. "O preço da venda do terreno foi muito superior ao declarado e a diferença, mais de 200 mil euros, foi destinado aos homens da Cosa Nostra", diz o comunicado da polícia.
A polícia italiana ainda descobriu que os mafiosos também usavam profissionais de consultoria agrícola e imobiliária para fazer investimentos substanciais em culturas inovadoras. Os carabineiros apreenderam três complexos, incluindo imóveis e maquinários, que estavam registrados de forma fictícia por terceiros. Segundo a nota, todo o valor adquirido pelos mafiosos foi destinado ao chefe Denaro, de 56 anos, que é procurado desde 1993, pelo assassinato de várias pessoas. (ANSA)