Bachelet assume terça-feira segundo mandato na Presidência do Chile

Oito anos depois de ter passado para a história como a primeira presidenta do Chile, Michelle Bachelet assume terça-feira (11) seu segundo mandato, com alto índice de aprovação popular e muitos desafios. O principal vai ser satisfazer a alta expectativa dos eleitores, que querem uma reforma mais drástica e rápida do sistema educacional.

© Reuters

Mundo Reeleição 10/03/14 POR Agência Brasil

No âmbito internacional, um dia após a posse de Bachelet, Santiago vai sediar uma reunião de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul)  para discutir a crise na Venezuela. A Nova Maioria - coalizão de partidos de centro-esquerda que elegeu Bachelet -  está dividida. Os mais conservadores criticam o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pela violência, que resultou em 21 mortes, após os protestos populares contra o desabastecimento e a inflação. A ala mais liberal acredita que o descontrole é fruto de um complô da direita para derrubar Maduro do poder.    

PUB

"O maior desafio de Bachelet vai ser baixar a expectativa do eleitorado: ela poderá fazer algumas mudanças, mas nenhuma tão rápida como muitos esperam", disse em entrevista à Agência Brasil o analista politico Patricio Navia. Um dos empecilhos é a própria Constituição, herdada da ditadura de Augusto Pinochet, que só permite mudanças drásticas com o apoio da grande maioria.

"Bachelet tem maioria simples na Câmara dos Deputados e no Senado, que lhe permite aprovar uma reforma tributária, para arrecadar mais impostos dos ricos e distribuir melhor a riqueza do país", disse Navia. "Mas ela não tem os dois terços necessários para reformar a Constituição".

 Em comparação aos países vizinhos, o Chile é um exemplo: a economia tem crescido, em média, 5% ao ano, o desemprego é baixo e a inflação praticamente inexistente. Nos últimos 25 anos de democracia, o índice de pobreza baixou de 40% para 10%. Mas os chilenos estão muito mais exigentes hoje do que há quatro anos, quando Bachelet entregou a faixa presidencial a Sebastian Piñera - o primeiro presidente de direita desde o retorno à democracia.

 Os líderes estudantis, que foram às ruas em 2011 pedindo educação gratuita e de qualidade para todos, já avisaram que vão pressionar até conseguir o que querem.

Uma reforma assim vai levar tempo, diz Patricio Navia, porque o Estado vai ter que assumir demasiados gastos de uma só vez - justamente agora que a economia mundial está crescendo menos. Mas uma reforma que Bachelet pode fazer - e que tem o apoio da oposição - é a reforma tributária.

 "O Chile tem uma carga tributária baixa: cobramos cerca de 20% dos lucros das empresas. A ideia é aumentar até 25%, nos próximos anos, e usar o dinheiro para melhorar a situação de quem menos tem", disse Navia.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Cazaquistão Há 16 Horas

Avião com 72 pessoas a bordo cai no Cazaquistão; há sobreviventes

fama Justiça Há 11 Horas

Ex-bailarina do Faustão tem habeas corpus negado e vai passar o fim de ano na prisão

esporte Prisão Há 17 Horas

Por que Robinho não teve direito à 'saidinha' e vai passar Natal preso

fama Festas Há 16 Horas

Cachorro de Anitta some na noite de Natal: 'ainda vai me matar do coração'

fama Saúde Há 9 Horas

Filho de Faustão fala sobre a saúde do pai após transplantes

fama Televisão Há 15 Horas

SBT desiste de contratar Pablo Marçal e terá Cariúcha em novo Casos de Família

fama Música Há 17 Horas

Hit natalino de Mariah Carey entra na 17ª semana em primeiro na Billboard

economia Consumos Há 16 Horas

Saiba como evitar o aumento da conta de luz durante o verão

politica STF Há 16 Horas

Moraes diz que Daniel Silveira mentiu ao usar hospital como álibi e mantém prisão

justica Investigação Há 15 Horas

Duas pessoas morrem e três estão internadas após comerem bolo em Torres (RS)