© Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os deputados Wadih Damous (PT-RJ), Erika Kokay (PT-DF) e Paulão (PT-AL) encaminharam hoje (15), à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pedido para que sejam federalizadas, a cargo da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, mortos na noite de quarta-feira (14), no centro do Rio de Janeiro.
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Quinta vereadora com mais votos no Rio, a socióloga foi assassinada com 4 tiros na cabeça em seu próprio carro. Marielle era relatora da comissão da Câmara de Vereadores do Rio criada para acompanhar a atuação das tropas na intervenção federal no Rio.
Os três deputados petistas observaram no documento que a vereadora vinha denunciando vários abusos policiais contra moradores de bairros e comunidades pobres, sendo possível, portanto, que haja policiais envolvidos em sua execução. O possível envolvimento de policiais no crime e o fato de o sistema de segurança no Rio de Janeiro estar sob intervenção federal “podem ensejar grandes dificuldades ao trabalho de investigação”, daí a necessidade de atuação da PF e do MP na apuração do caso, explicam os parlamentares.
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Wadih, Erika e Paulão argumentam que o assassinato é um fato de “extrema gravidade” que exige uma investigação “séria, desapaixonada e célere”, para a identificação dos autores e sua punição.
Por iniciativa do PSOL, PT e PCdoB, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu criar hoje uma comissão externa da Casa, formada por parlamentares, para acompanhar de perto as investigações sobre os assassinatos de Marielle e Anderson.
“Eu autorizei [a comissão externa]. Acho que é importante a Câmara participar também já que foi um assassinato brutal de uma parlamentar, municipal, mas uma parlamentar”, afirmou Maia após a sessão solene no plenário da Câmara em homenagem à vereadora solicitada pelo PT, PSOL e PCdoB.