© Courtesy Christie’s New York/Handout via REUTERS 
O mercado de arte movimentou US$ 63,7 bilhões, cerca de R$ 208,3 bilhões, no mundo todo no ano passado, registrando um primeiro aumento depois de dois anos seguidos de queda nas vendas.
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Relatório recém-publicado pela Art Basel, o maior grupo de feiras de arte do mundo com eventos em Basileia, na Suíça, em Miami e em Hong Kong, compilou os números de leilões e vendas de 6.500 galerias de todo o planeta para constatar o que o alvoroço em torno das feiras deste mês em Nova York já deixava claro -a arte voltou a bombar.
Desde o colapso financeiro de 2008, esse mercado vem se esforçando para sair de uma recessão prolongada, com bilionários fugindo de leilões e galerias em tempos de incerteza na economia.
Mas, no ano passado, recordes seguidos em vendas públicas, entre eles a de uma pintura de Da Vinci por R$ 1,5 bilhão na Christie's, em Nova York, a obra mais cara em toda a história, já davam sinais dessa mudança de atitude dos colecionadores.
Essa transação específica, aliás, está por trás do aumento de 64% das vendas de obras de mestres antigos, um segmento do mercado que faturou US$ 977 milhões no ano passado, batendo um recorde anterior de 11 anos atrás.
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Sem o Da Vinci, as vendas teriam, na verdade, encolhido no mercado de obras históricas, mas o interesse por trabalhos mais caros também está em alta, o que mostra que os colecionadores estão dispostos a gastar, mas evitam correr o risco de apostar em nomes novos.
Enquanto o mercado para obras de menos de US$ 1 milhão encolhe, trabalhos acima desse valor têm mais compradores. Vendas de peças acima de US$ 10 milhões mais que dobraram.
O grosso desse mercado, porém, continuam sendo as obras de arte contemporânea, um segmento que faturou US$ 6,2 bilhões sozinho.
Estados Unidos, China e Reino Unido, nessa ordem, continuam no topo do mercado de arte no planeta, com o maior número de vendas, enquanto galerias de países que sofreram recessão recente, entre eles o Brasil, adotaram outras estratégias.
Galerias brasileiras aumentaram presença em feiras estrangeiras, compensando o faturamento menor em casa com transações em dólares e euros no momento em que o real está desvalorizado.
O relatório da Art Basel aponta que o Brasil é o país mais bem representado em feiras de arte na América do Sul e que registrou alta de 40%, o que sinaliza maior interesse do público.
Quase metade das vendas das galerias analisadas, aliás, ocorre em feiras de arte, que vêm se multiplicando pelo mundo e responderam por US$ 15,5 bilhões, quase um quarto do total vendido ao longo do ano passado. Com informações da Folhapress.