© Jason Lee/Reuters
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, afirmou nesta terça-feira (20) que "não quer ver" uma guerra comercial com os Estados Unidos, que sobretaxaram importações de aço e alumínio para atingir o país asiático.
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A declaração foi dada na coletiva de imprensa do Congresso Nacional do Povo, após o jornal "The Washington Post" ter publicado que o presidente Donald Trump teria mandado sua equipe dobrar de US$ 30 bilhões para US$ 60 bilhões um novo pacote de impostos sobre produtos chineses.
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"As disputas devem ser resolvidas com as negociações, as consultas e o diálogo", declarou Li, que ainda fez um apelo para que os EUA ajam "racionalmente". Além disso, o primeiro-ministro prometeu abrir "ainda mais" o país para investimentos estrangeiros.
Desde a posse de Trump, em janeiro de 2017, Pequim vem tentando assumir a liderança do mundo "globalizado", em contraponto ao protecionismo do presidente norte-americano. O ápice dessa postura do republicano chegou no início de março, quando a Casa Branca anunciou uma sobretaxa de 10% na importação de alumínio e de 25% na de aço. Os novos impostos entram em vigor na próxima sexta-feira (23).
"Se há uma diferença em relação ao passado, é que a China se abrirá cada vez mais", reforçou Li, acrescentando que isso ocorrerá inclusive na manufatura, um dos pilares da economia chinesa. A exigência será que os investidores estrangeiros operem em conjunto com um parceiro local. (ANSA)