© Marcos Corrêa/PR
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nessa terça-feira (20), a inclusão do depoimento do doleiro Lúcio Funaro no inquérito que investiga o presidente Michel Temer sobre o suposto favorecimento da Odebrecht, pela antiga gestão da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.
PUB
Entre 2013 e 2015, o órgão foi dirigido pelos atuais ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Ambos já são investigados no caso. De acordo com depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, para tratativas de um repasse de R$ 10 milhões em propina, como forma de ajuda de campanha para o MDB. Temer também estava presente.
Para incluir o depoimento de Funaro na investigação, Fachin atendeu à recomendação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Logo após a determinação do ministro, Temer recebeu o advogado Brian Alves Prado, no Palácio do Planalto, e decidiu pedir acesso às decisões sigilosas tanto de Fachin quanto de Dodge relacionadas ao processo.
Prado substitui Antonio Claudio Mariz no caso, já que o criminalista defendeu Funaro no passado.
+ Ministros querem rever 2ª instância e sessão de hoje pode ser decisiva
Em sua delação, Funaro, que é apontado pelos investigadores como operador finaceiro do MDB, disse que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) pediu a ele, em 2014, que retirasse R$ 1 milhão no escritório do amigo e ex-assessor especial do presidente José Yunes, em São Paulo, e enviasse o dinheiro para Salvador. As informações são do blog da Andreia Sadi, no portal G1.
Ainda conforme o operador financeiro, esse dinheiro era referente a doação, via caixa 2, da construtora Odebrecht. Ele acrescentou que, de acordo com Geddel, o repasse foi acertado com Temer e Eliseu Padilha.