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Nesta quinta-feira (22), cerca de 200 famílias, entre 800 e 1.000 pessoas, deixaram áreas sob controle da oposição em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, para zonas dominadas pelas autoridades sírias, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
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Essas pessoas deixaram a cidade de Duma, a maior em Ghouta Oriental e nas mãos da facção do Exército do Islã, através do corredor aberto pelas forças do governo sírio no campo de refugiados de Al Wafidin.
O Exército do Islã, um dos grupos islâmicos que operam em Ghouta Oriental, e a Rússia, um aliado do governo de Damasco, chegaram a um acordo na semana passada para permitir que civis, doentes e feridos que desejassem deixar Duma o pudessem fazer através do corredor aberto pelo exército sírio.
Cerca de 76.000 pessoas saíram de Duma e de outras zonas de Ghouta Oriental em direção a áreas em poder das autoridades desde o dia 15 de março.
Entretanto, há preparativos para uma retirada de combatentes islâmicos e seus familiares, bem como doentes, da população de Harasta, controlada pelo Movimento Islâmico do Sham Livre, que também chegou a um acordo com as tropas do governo.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, está prevista a saída de cerca de 8.000 pessoas de Harasta em direção a áreas dominadas por rebeldes no norte da Síria.
Nas últimas horas chegaram a Harasta veículos do Crescente Vermelho, que supervisionará a operação e transportará os doentes e feridos.
Ghouta Oriental é alvo de uma ofensiva terrestre por tropas do governo sírio e seus aliados desde 25 de fevereiro, precedida uma semana antes da intensificação dos bombardeios da aviação síria e russa e dos disparos da artilharia governamental.
Desde o dia 18 de fevereiro, pelo menos 1.544 pessoas perderam a vida em Ghouta Oriental, incluindo 316 menores e 193 mulheres, segundo dados do Observatório. Com informações da Lusa.