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Eles argumentam que benefícios como a desoneração da folha de pagamento e do Imposto sobre a Produção Industrial (IPI) não foram repassados aos trabalhadores na forma de estabilidade e melhores salários. Juntas as confederações representam 3,2 milhões de empregados de aproximadamente 10 milhões no setor da indústria.
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“Teve desoneração, foi importante. A desoneração da folha de pagamento causou a perda de 1% na arrecadação previdenciária, mas ajudou a garantir empregos. No entanto, a rotatividade ainda é grande e os salários, pouco expressivos”, disse Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM). Segundo ele, uma das soluções possíveis para dar segurança e garantir melhores condições para os trabalhadores é que a liberação de financiamentos para empresas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fique condicionada às contrapartidas em favor dos empregados.
De acordo com Cayres, ficou acordado que os representantes dos trabalhadores montarão um grupo e discutirão as questões na comissão de relações do trabalho do Plano Brasil Maior, iniciativa do governo para estimular a indústria. Segundo ele, foi agendada ainda nova reunião no ministério daqui dois meses. Além da CNM, as outras confederações que participaram da reunião foram a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação (Contac), Confederação Nacional dos Químicos (CNQ), Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria do Vestuário (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e Mobiliário (Conticom).
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de comunicação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas o órgão não se manifestou sobre o encontro.