© Bruno Kelly/Reuters
A Delegacia de Homicídios (DH) vai investigar as oito mortes ocorridas durante uma operação do Batalhão de Choque na Rocinha, na Zona Sul do Rio, no sábado (24). Seis inquéritos foram abertos para verificar o caso depois que PMs forneceram informações distintas sobre os homicídios em depoimento.
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Segundo os agentes, houve seis tiroteios na Rocinha entre 8h e 9h. Os confrontos aconteceram nas ruas 1, 2 e Valão. Em quatro confrontos, cinco homens foram mortos. Em dois, não foram encontrados feridos. Outras três vítimas foram achadas por policiais que não participaram dos confrontos. Os corpos não chegaram a ser periciados, pois foram removidos das cenas dos crimes, segundo apurado pelo Extra.
A operação começou por volta das 5h30. A primeira troca de tiros foi registrada pela polícia às 8h, na Rua 1, onde Osmar Venâncio do Nascimento, de 45 anos, e Bruno Ferreira Barbosa, de 24, foram baleados. Segundo os PMs, uma pistola de 9mm e outra .40 foram apreendidas com as vítimas.
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Em outros dois tiroteios na Rua 2, às 9h, morreram Matheus da Silva Duarte de Oliveira, de 18 anos, e Júlio Morais de Lima, de 22. Hércules de Souza Marques, de 26, foi morto durante uma troca de tiros na Rua do Valão.
Magno Marinho de Rezende, de 28 anos, Wanderson Teodoro de Souza, de 21, e um homem ainda não identificado foram encontrados feridos por agentes que não participaram de confrontos. No total, foram oito mortos.
Os policiais acusam seis suspeitos de portarem pistolas, mas familiares de Matheus afirmam que a arma foi "plantada" para justificar o homicídio.
Dos homens mortos nos confrontos, Matheus, Magno e Hércules não tinham passagem pela polícia. Osmar já tinha duas passagens pela polícia por tráfico de drogas; Bruno era investigado por torturar um homem acusado pelo tráfico de estupro; Júlio já havia sido preso duas vezes; e Wanderson foi detido por tráfico quando ainda era menor de idade.