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Enterro do subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro, Leidson Acácio Alves Silva, morto enquanto fazia patrulhamento na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha Tomaz Silva/Agência Brasil
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“Essas operações serão desencadeadas de imediato, com as presenças do Bope [Batalhão de Operações Especiais] e do Batalhão de Choque. A gente vai fazer, sem dúvida alguma, a maior ofensiva no Complexo do Alemão, desde que ele foi ocupado. Isso advém da necessidade de demonstração de força cada vez maior. Na medida em que houver essas reações por parte do crime organizado, o Estado vai se fazer cada vez mais presente. É uma espécie de remédio. Na mesma proporção que esses episódios forem ocorrendo, a resposta será extremamente dura”, disse o coronel, durante o sepultamento de Leidson, na tarde de hoje, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
Caldas reconheceu que os policiais vêm enfrentando muita dificuldade no complexo de favelas da zona norte, principalmente à noite. “Nós atuamos em um cenário extremamente difícil. As medidas que já vínhamos adotando, como uma quantidade maior de policiais nos patrulhamentos, vão ser intensificadas. A gente vai ter uma quantidade ainda maior e nós vamos ocupar pontos estratégicos. Vamos ter a presença definitiva do Bope.”
Segundo ele, 100 policiais das UPPs serão treinados pelo Bope e formarão um grupo de intervenção, especializado em progressão no terreno de favelas. Com o crescimento vertical das favelas, o comandante diz que "as condições são extremamente adversas" para policiamento, "fazendo com que fiquemos em uma situação de muita vulnerabilidade. Esses treinamentos serão muito importantes.”
O treinamento levará pelo menos uma semana e já começa amanhã (15). “Teremos uma tropa para pronto emprego, de imediato, no próprio terreno. O Choque fará um trabalho de reforço no entorno.”
Caldas reconheceu que a tropa que atua nas UPPs é pouco experiente. “Sendo muito honesto, é claro que estamos tratando de uma tropa de policiais muito jovens, muitos deles saídos das escolas em pouco tempo. Nenhum curso prepara para condições tão hostis. Ninguém consegue reproduzir um cenário tão hostil como a gente enfrenta hoje. O desafio é fazer com que os soldados estejam cada vez mais preparados.”
Entre os presentes ao enterro, estava Maria Liduína Anderezo, que carregava um cartaz com a foto do filho que era policial e morreu em um assalto em junho de 2012. “Todo enterro de polícia eu venho, para ser solidária. Eu venho aqui representando todas essas mães”, disse Maria Liduína, que tem outro filho policial militar e é casada com um sargento reformado.