Relatório do TCU mostra ilegalidades em decreto assinado por Temer

Presidente é alvo de inquérito que investiga favorecimento de empresa portuária por meio da medida

© REUTERS / Ueslei Marcelino (Foto de arquivo) 

Política Processo 29/03/18 POR Notícias Ao Minuto

Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que, ao contrário do que diz a defesa do presidente Michel Temer, no processo que investiga possíveis irregularidades no Decreto dos Portos, a medida cria um contexto que poderia, no futuro, beneficiar empresas com contratos anteriores a 1993. É o caso da Rodrimar.

PUB

No inquérito, ainda são investigados o ex-deputado e ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures e os empresários Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, donos da Rodrimar, que atua no Porto de Santos e que teria sido favorecida pela medida, assinada pelo presidente em maio do ano passado.

De acordo com informações do blog da Andreia Sadi, no portal G1, o delegado federal à frente do caso, Cleyber Malta, pediu a cópia do relatório.

Segundo fontes do tribunal, a investigação, feita até então pela secretaria que cuida do setor de transportes, passou a contar com o reforço de uma secretaria do TCU especializada no combate à corrupção, e que faz a articulação com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal.

+ PF prende amigos de Temer em ação que mira esquema no setor de portos

+ Planalto vê cerco político e teme investigações amplas contra Temer

Conforme material divulgado pela TV Globo/GloboNew, que teve acesso ao relatório sigiloso, os analistas apontam que o decreto daria hipoteticamente ao presidente a possibilidade de prolongar contratos em desacordo com as regras da época em que foram assinados. E isso poderia incluir até os contratos anteriores à lei de 1993, como o da Rodrimar.

"Aceitar que regulamentações vindouras possam alterar cláusulas essenciais de contratos administrativos em vigor pode levar a um quadro de total insegurança jurídica e regulatória no setor portuário. Considerando que, em tese, sobrevenha novo Decreto que reduza o prazo máximo permitido da concessão, é esperado que os detentores de contratos já firmados aleguem o princípio do pacta sunt servanda para não se submeterem à limitação. Continuando o exercício hipotético, nada obstaria futuros alargamentos de vigência contratual via edição de atos unipessoais do chefe do Poder Executivo, o que acarretaria, na prática, a existência de contratos administrativos com prazo indeterminado, o que é vedado pela legislação. No mesmo raciocínio, também não haveria óbice para que as extensões de prazo fossem autorizadas aos arrendatários de terminais concedidos antes da Lei 8.630/1993", diz o relatório.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 14 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 14 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 8 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 15 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Condenados Há 23 Horas

Famosos que estão na prisão (alguns em prisão perpétua)

fama Realeza britânica Há 7 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 15 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 15 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 10 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

brasil Tragédia Há 15 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos