Ciro critica politização da Justiça brasileira

Ciro mas afirmou achar essa politização da Justiça exótica, em suas palavras

© Reprodução

Política pré-candidato 27/03/18 POR Folhapress

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) criticou nesta terça-feira (27) o que vê como uma entrada da Justiça brasileira na política. Para ele, é isso que acontece em momentos como a entrevista do juiz federal Sergio Moro ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda (26) e na transmissão de julgamentos do Supremo Tribunal Federal, como a discussão sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

PUB

"Me incomoda, por definição, juiz dar entrevista. Sou da velha guarda. Um juiz, ao explicitar valores, ele entra na política. Este é o universo da política. O juiz deveria se circunscrever a colocar sua sabedoria jurídica e imparcialidade a serviço dos autos", disse, após uma palestra na Universidade de Sussex, no sul da Inglaterra.

Ciro disse que não chegou a assistir à entrevista de Moro, mas afirmou achar essa politização da Justiça exótica, em suas palavras. "Uma TV Justiça transmitindo ao vivo um julgamento, isso é muito terceiro-mundista, muito provinciano para o meu gosto", disse.

Para ele, um juiz tem que ter transparência não em entrevistas, mas nos autos. "Essa é a transparência que se espera. Se não, é o universo da política. E a política, por definição, é o contraditório. A verdade, na política, é uma confrontação dialética de posições antagônicas", disse.

Para o pré-candidato, a viagem para dar palestras em universidades na Europa e nos Estados Unidos, para onde vai em abril, é importante não só por questão de prestígio. "Meu objetivo era tentar formar uma corrente de opinião", disse.

Segundo ele, é importante gerar um debate amplo sobre o país, pois "a população não presta atenção em política", disse. "A população tem uma vida muito dura, difícil, e a política, para ela, é um ruído que quase sempre vem associado com coisa muito ruim, muito decepcionante, muito frustrante. Isso tem a ver com este momento do país", disse o pré-candidato.

Apesar da avaliação, ele disse que ninguém é capaz de superar a vontade popular na escolha de seus governantes, e que o Brasil é um país de tendência autoritária. "Nós, brasileiros letrados, temos uma certa impaciência com a democracia. [...] Democracia é regime de conquista, que presume um cidadão treinado para isso. Não somos treinados. Nosso povo não foi treinado. Nossa história é uma história autoritária. Somos um país autoritário, elitista, escravista", disse.

Ciro minimizou o impacto da manipulação de informações em redes sociais e disse acreditar na inteligência do povo. "Boato existe desde que existe eleição. Você tem que apostar na inteligência do povo. Hoje eu tenho um lugar para responder."

Para ele, o escândalo da Cambridge Analytica, acusada de manipular eleitores nos EUA na eleição de Donald Trump e no plebiscito do "brexit", saída britânica da União Europeia, parece exagero. "Isso é mentira. Você pode até ter agregado em cima de uma tendência poderosa alguma coisa", disse. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 10 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

esporte Indefinição Há 10 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

fama MAIDÊ-MAHL Há 11 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 10 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 8 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

brasil Brasil Há 6 Horas

Jovens fogem após sofrerem grave acidente de carro; vídeo

fama Segunda chance Há 23 Horas

Famosos que sobreviveram a experiências de quase morte

brasil São Paulo Há 11 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

fama Documentário Há 3 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

fama Harry e Meghan Markle Há 2 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora