© Reuters / Adriano Machado
Preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, desde 22 de dezembro, o deputado federal afastado Paulo Maluf (PP-SP) foi internado às pressas em um hospital particular de Brasília, na madrugada desta quarta-feira (28).
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De acordo com informações de O Globo, a unidade de saúde informou que o deputado deu entrada com "quadro de dor forte que começou na região lombar, irradiada para o membro inferior direito, piorada nas últimas semanas e nos últimos dias, dificultando a deambulação (andar) e a postura na posição ereta".
Ainda segundo comunicado do hospital, a ressonância mostrou que o parlamentar tem estenose de canal (pressão sobre a medula espinhal e os nervos da coluna), com compressão das estruturas nervosas na região das vértebras L3/L4 e L4/L5. Não há previsão de alta.
Segundo os advogados de Maluf, ele tem 86 anos, "idade avançadíssima", sofre de diabetes, problemas cardíacos e ortopédicos, além de câncer de próstata. Por isso, voltaram a pedir a liberdade do parlamentar ao Supremo Tribunal Federal (STF), no início da semana, alegando "questões humanitárias e riscos à saúde".
A defesa afirma que Maluf corre o risco de ficar cego, "caso não seja feito o devido tratamento que, encarcerado, o paciente não tem à sua disposição".
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Em fevereiro, os advogados do político já havia apresentado recurso, que foi levado para o plenário virtual (quando os ministros não se encontram e apenas publicam seus votos no sistema da corte) pelo relator da ação penal, ministro Edson Fachin. Em 2 de março, no entanto, o ministro Dias Toffoli pediu vista, o que não permitiu a conclusão do julgamento.
Maluf foi preso após decisão de Fachin, dque determinou o cumprimento imediato da pena de 7 anos e 9 meses de prisão a que ele foi condenado, por lavagem de dinheiro, no período em que foi prefeito de São Paulo (SP) – entre 1993 e 1996.