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Com grande disputa por áreas na Bacia de Campos, a arrecadação do leilão de concessões de petróleo e gás desta quinta (29) já supera R$ 8 bilhões.
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Apesar da retirada das duas maiores áreas da lista de ofertas do leilão de petróleo desta quinta, é a maior entre todas as rodadas de licitações já promovidas no modelo de concessão.
Em 2017, foram R$ 3,8 bilhões. O aumento este ano foi provocado pela grande disputa por áreas com potencial para descobertas no pré-sal na Bacia de Campos, que arrecadou sozinha R$ 7,5 bilhões.
Os oito blocos oferecidos na bacia foram arrematados. Houve disputa em cinco deles. A Petrobras repetiu parceria já feita em 2017 com a Exxon e levou quatro blocos. As duas apresentaram os maiores ágios.
Foram arrematados três dos seis blocos oferecidos na bacia, com ágio de 235% em relação ao preço mínimo das áreas.
Na abertura do leilão, governo e ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) pediram desculpas aos investidores pela determinação do TCU (Tribunal de Contas da União) para retirar dois blocos na véspera do leilão. Localizadas na Bacia de Santos, eram as áreas mais caras, com lance mínimo somado de R$ 3,55 bilhões.
"Na segunda-feira estaremos no TCU e faremos de tudo para licitar essas áreas na quarta rodada [de licitações do pré-sal, agendada para junho]", disse o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Félix.
Com a decisão, a Bacia de Santos ficou com apenas seis áreas no leilão desta quinta (29). Duas delas foram arrematadas por consórcio formado pela americana Exxon e a QPI, do Catar, que gastaram R$ 214,5 milhões. Em uma delas, houve disputa com consórcio formado pela anglo-holandesa Shell e a americana Chevron.
O consórcio formado pela Chevron, a alemã Wintershall e a espanhola Repsol levou uma terceira área em Santos, por R$ 131,9 milhões.
De acordo com a ANP, as propostas vencedoras garantem um investimento mínimo de R$ 83,7 milhões na exploração das áreas. O valor refere-se a um programa de atividades apresentado pelas empresas junto à proposta financeira.
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PRÉ-SAL
Em seu discurso inicial, Márcio Félix defendeu revisão da lei do pré-sal, que criou o chamado polígono do pré-sal, área de 149 mil quilômetros quadrados em uma faixa de litoral que vai do norte do Rio a Santa Catarina. Nessa região, os contratos devem ser de partilha de produção, que prevê a presença estatal no consórcio.
A retirada das áreas mais caras do leilão foi justificada pelo TCU com o argumento de que parte das estruturas geológicas se estendem para dentro do polígono e não poderiam ser licitadas em contratos de concessão, como os do leilão desta quinta.
"Essa discussão vai ter que entrar na agenda, se não eleitoral, na do próximo governo", afirmou ele. Com informações da Folhapress.