Rússia expulsará 150 diplomatas ocidentais 

Kremlin seguirá o princípio da reciprocidade, ou seja, mandará embora o mesmo número de russos expulsos por outras nações

© Reuters

Mundo Relação 29/03/18 POR ANSA

A Rússia expulsará 150 diplomatas dos países que tomaram medidas contra Moscou por causa da tentativa de assassinato contra o ex-espião Serghei Skripal.

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O Kremlin seguirá o princípio da reciprocidade, ou seja, mandará embora o mesmo número de russos expulsos por outras nações, incluindo 60 dos Estados Unidos e sete da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). 

Entenda 

A Rússia já havia anunciado nesta quinta-feira (29) a expulsão de 60 diplomatas dos Estados Unidos, em retaliação a uma decisão idêntica do presidente Donald Trump. Além disso, o país determinou o fechamento do consulado norte-americano em São Petersburgo, segunda maior cidade russa.

+ Rússia expulsa 60 diplomatas dos EUA e fecha consulado do país

"Neste momento, o embaixador dos EUA Jon Huntsman foi convidado ao nosso Ministério, onde meu vice, Serghei Riabkov, está expondo o conteúdo da resposta contra os Estados Unidos. Isso inclui a expulsão de diplomatas e a decisão de revogar o consentimento para o funcionamento do consulado geral de São Petersburgo", disse o ministro russo das Relações Exteriores, Serghei Lavrov.

Os afetados pela medida têm até 5 de abril para voltar aos EUA. Na última segunda-feira (26), a Casa Branca havia anunciado a expulsão de 60 diplomatas da Rússia e o fechamento de seu consulado em Seattle como retaliação pelo envenenamento do ex-espião Serghei Skripal, em Salisbury, no Reino Unido. Outros 26 países, a maioria europeus, também expulsaram diplomatas russos.

Segundo Lavrov, Moscou tomará as mesmas medidas em relação a essas nações. "Em relação a outros países, tudo será recíproco no que diz respeito ao número de pessoas que irão embora das missões diplomáticas na Rússia", declarou.

Skripal teria sido envenenado no início de março com o agente químico novichok, de criação soviética, e segue internado em estado grave. Sua filha, Yulia, também havia sido atingida, mas o Reino Unido informou nesta quinta que ela está fora de perigo. O ex-espião era agente duplo dos serviços secretos russos e britânicos. Com informações da ANSA.

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