© REUTERS / Stephen Lam (Foto de arquivo) 
O aplicativo que ocupa uma posição central no escândalo sobre o uso indevido de dados de 50 milhões de usuários do Facebook já havia avisado à rede social de que poderia vender estas informações.
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Segundo documentos analisados pelo 'Financial Times', o Facebook aceitou automaticamente as atualizações dos termos e condições do aplicativo, que recolhia dados de usuários e repassava estas informações à Cambridge Analytica - empresa de análise de dados que auxiliou a campanha do então candidato à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Na primeira versão do aplicativo, o aplicativo dizia ser um "programa de pesquisa". Segundo o Facebook, os termos garantiam ainda que "os usuários serão informados de que os dados serão cuidadosamente protegidos e jamais usados para fins comerciais".
No entanto, uma cópia do documento enviado pelo desenvolvedor do aplicativo, Aleksandr Kogan, mostra que os termos incluíam o direito da empresa de "editar, copiar, disseminar, publicar, transferir, adicionar ou fundir dados a outros bancos de dados, vender, licenciar... e arquivar contribuições e dados [de usuários]".
De acordo com o jornal 'Folha de S. Paulo', o ex-empregado da Cambridge Analytica que denunciou o escândalo, Chris Wylie, afirmou que o Facebook "na verdade nada fez para salvaguardar os dados".
"Havia muitos apps recolhendo grande volume de dados, naquela época --incluindo dados das redes de amigos--, e o Facebook não era exatamente pró-ativo quanto a fazer perguntas ou tentar descobrir para onde iam esses dados", afirmou.
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