© REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
O governo de Nicolás Maduro anunciou, neste sábado (31), que vai indenizar as famílias das 68 pessoas que morreram em incêndio na prisão de Carabobo, nesta quarta-feira (29). Foram aprovadas "medidas de reparação, de conformidade com o estabelecido na Constituição da República Bolivariana da Venezuela", explica um comunicado distribuído em Caracas.
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O documento, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores, começa manifestando "pêsames aos familiares e próximos de cada uma das pessoas falecidas" e solicita "ao Ministério Público que inicie uma investigação para buscar a verdade, a fim de determinar as causas que provocaram este doloroso evento, assim como as eventuais responsabilidades a que houver lugar e a aplicação implacável e firme da justiça".
"Criamos uma equipe multidisciplinar e ativamos os protocolos necessários para a proteção integral a cada uma das famílias afetadas, assim como a atenção às pessoas que resultadas lesadas no comando policial", explica.
O comunicado aborda também as críticas que foram feitas ao governo venezuelano pela ONU, condenando "categoricamente as precipitadas e desproporcionais declarações" que "mostram publicamente uma posição tendenciosa sobre a Venezuela, de maneira preconceituosa e sem requerer informação oficial ao estado venezuelano".
"O que constitui uma agressão multiforme que se desenvolve contra o nosso país, fazendo um uso grosseiro e infame do tema dos direitos humanos", defende. O texto reforça ainda o compromisso do com "a atuação justa e no estrito apego à verdade e à proteção integral das vítimas, como sempre tem sido, e as garantias constitucionais e os direitos humanos das pessoas privadas de liberdade".
"Como o estado democrático e social, de direito e de justiça, a Venezuela continuará adotando as medidas pertinentes para assegurar condições de detenção ajustadas aos padrões nacionais e internacionais em matéria de direitos humano", conclui.
Segundo as autoridades venezuelanas, pelo menos 68 pessoas morreram durante o incêndio supostamente provocado por presos durante motim, no Comando Geral da Polícia de Carabobo, na cidade venezuelana de Valência, 150 quilômetros a Leste de Caracas. A causa da morte da maioria das vítimas terá sido asfixia. Várias ONGs e familiares das vítimas denunciam que os presos foram maltratados, borrifados com gasolina e incendiados. Com informações da Lusa.