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Com a renúncia, Azeredo perdeu o foro privilegiado e o processo poderá ser remitido à Justiça de primeira instância, atrasando o julgamento. No entanto, o envio das acusações não é automático. No caso do ex-governador mineiro, o plenário vai avaliar se a renúncia teve a intenção de retardar o fim da ação penal.
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O ex-parlamentar renunciou ao mandato em fevereiro, após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentar as alegações finais, última fase antes do julgamento da ação penal. Janot afirmou que Azeredo atuou como “um maestro” no esquema e que ele desviava recursos públicos em benefício próprio para financiar sua campanha política. O procurador também diz que a prática dos crimes só foi possível por meio do "esquema criminoso" montado pelo publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Mesmo com a renúncia, advogado do ex-parlamentar apresentou defesa ao STF. O advogado José Gerardo Grossi negou o envolvimento do então governador Eduardo Azeredo na determinação da aquisição de cotas de patrocínio dos eventos, pelas empresas citadas na denúncia.
O advogado também negou que Azeredo tivesse conhecimento da participação do publicitário Marcos Valério na contratação de empréstimos fictícios. Valério foi condenado a 37 anos de prisão, na Ação Penal 470, por ser operador do núcleo financeiro que abastecia o esquema.