© Divulgação / Vôlei Bauru
Líder de diferentes gerações do voleibol brasileiro, Fofão acompanha a distância as discussões sobre a presença de Tifanny Abreu na Superliga feminina.
PUB
A jogadora transexual foi autorizada pela Confederação Brasileira de Vôlei a defender o time do Bauru na atual temporada e teve a maior média de pontos da fase classificatória.
Ela é cotada para defender a seleção, que será convocada ainda neste mês para a Liga das Nações.
Tifanny atende à determinação do Comitê Olímpico Internacional para atletas que transitaram do gênero masculino para o feminino: devem apresentar no máximo 10 nanomol de testosterona por litro de sangue em período de ao menos 12 meses anteriores à disputa de um torneio.
A participação dela na liga feminina, porém, já foi contestada por jogadoras e técnicos. Tifanny, 33, iniciou sua transição em 2012.
Para Fofão, o tema é novo no vôlei e faltam parâmetros claros para o debate. A política para transgêneros da federação internacional está em atualização.
"Quem tem menos culpa é ela [Tifanny], que está ali porque a federação liberou, dentro das regras. Imagina se agora dizem que ela não pode mais jogar, imagina para ela a situação desagradável", diz.
Fofão afirma que ainda há muitas dúvidas sobre possíveis vantagens que mulheres trans levariam.
"Eu, do lado de fora, não acho que seja uma coisa certa, mas se for comprovado que está dentro dos padrões, quem sou eu para falar não? A clareza seria boa para acabar com essa polêmica e todo mundo seguir seu caminho". Com informações da Folhapress.