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Ao meio-dia deste sábado (7), o ex-presidente Lula falou pela primeira vez no palanque do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo. O discurso tão esperado - já que o líder petista ficou em silêncio desde a ordenação da sua prisão pelo juiz Sérgio Moro, na última quinta-feira (5) - foi declarado por uma voz mais rouca que o habitual e por um rosto visivelmente abatido.
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Após a missa realizada em homenagem à sua esposa, Marisa Letícia, que completaria 68 anos neste sábado (7), o ex-presidente dedicou os primeiros 15 minutos do seu discurso a agradecer o apoio recebido. Foram citados nomes como Aloísio Mercadante, Vagner Freitas e os presidenciáveis Guilherme Boulos e Manuela D´Ávila.
"Um motivo de orgulho e uma perspectiva de esperança para esse país é ter gente nova se dispondo a enfrentar, a assumir a política e dizer: nós queremos ser presidentes da República para mudar essa realidade", disse o ex-presidente sobre os candidatos do PSOL e do PCdoB, respectivamente. Lula também destacou a importância da sua aliada política e amiga, a primeira mulher eleita presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
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"Possivelmente, a mais injustiçada das mulheres que um dia ousaram fazer política no Brasil, criticada pelo jeito de governar, acusada de não saber conversar, não saber fazer política, mas quero ser testemunha de vocês. A Dilma foi a pessoa que me deu a tranquilidade de fazer quase tudo que eu consegui fazer na Presidência da República, pela confiança, pela seriedade, pela qualidade e competência técnica da Dilma. Sou grato de coração porque não teria sido o que foi se não fosse a companheira Dilma".
Lula continuou os agradecimentos a outros apoiadores presentes, como Fernando Hadad, Ivan Valente e Eduardo Suplicy. "Estou quase para morrer e não termino a minha biografia", comentou em tom humorado o ex-presidente. Ele continua a discursar sobre a importância do Sindicato do ABC em sua trajetória.