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Dois projetos estão em andamento na região, coordenados pela OTCA. O Projeto Amazonas, com apoio da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, visa a diminuir as assimetrias técnicas entre os países, voltado para a construção de uma rede hidrometeorológica na Amazônia.
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“A gestão de recursos hídricos tem que ser encarada do ponto de vista dos usos múltiplos. Esse é nosso foco, trabalhar na geração de conhecimento, para termos elementos suficientes para fazer uma boa gestão de recursos hídricos”, disse o assessor da ANA, Humberto Cardoso Gonçalves, explicando que as informações serão disponibilizadas para planejamento em diversos setores, como navegação, energia e transporte.
O projeto, de R$ 2 milhões, teve início em 2012 e já promoveu 12 encontros técnicos sobre águas subterrâneas e eventos críticos. A previsão de encerramento é para o final de 2014, mas o prazo deve ser prorrogado, segundo Humberto.
Outro projeto coordenado pela OTCA é o GEF Amazonas, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, em inglês) e apoiado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O objetivo é fortalecer o marco institucional para planejar e executar, de uma maneira coordenada, atividades de proteção e gerenciamento sustentável do solo e dos recursos hídricos na Bacia do Rio Amazonas em face dos impactos decorrentes das mudanças climáticas.
“Os efeitos das mudanças na poluição e provisão das águas, subterrânea e superficial, estão na nossa agenda estratégica para garantir a sustentabilidade e sobrevivência dos povos amazônicos. Hoje estamos implementando dois projetos, amanhã podem ser dez, mas sempre levando em consideração a importância da água para a população”, disse o secretário-geral da OTCA, Robby Ramlakhan.
Ele explica que estão sendo feitas pesquisas sobre a qualidade da água em alguns rios, principalmente em pontos críticos, como no Rio Xingu e em Santarém, no Pará. Também são analisados os efeitos das mudanças climáticas nos níveis dos rios, como por exemplo na Ilha de Marajó, que fica no delta do Rio Amazonas.
O projeto GEF Amazonas termina em dezembro deste ano, quando será apresentado um relatório completo sobre os resultados obtidos. Integram a OTCA e os projetos a Bolívia, Colômbia, Guiana, Venezuela, o Equador, Brasil, Peru e Suriname.