© Renan Olaz/CMRJ
O caso da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes ganhou mais um capítulo sangrento. Alexandre Pereira, colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), ouvido no inquérito que apura os assassinatos cometidos no último dia 14 de março, foi encontrado morto dentro de um carro no domingo (8) na Taquara, na Zona Oeste do Rio. O homem de 37 anos foi morto a tiros, aos gritos de “a gente tem que calar a boca dele”, segundo testemunhas.
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Conforme relata o jornal O Globo, uma das linhas de investigação é o envolvimento da vítima, também conhecida como “Alexandre Cabeça”, com uma milícia. O crime teria ocorrido por volta das 20h45, quando um dos suspeitos gritou “chega para lá que a gente tem que calar a boca dele", de acordo com as informações relatadas por testemunhas, reproduzidas pelo jornal.
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O corpo foi resgatado na Estrada Curumau, na localidade conhecida como Boiúna, por policiais militares do 18º BPM (Jacarepaguá) e levado para o Instituto Médico-Legal (IML). A perícia foi realizada por Agentes da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.
Citado em relatório da Polícia Civil sobre a influência da milícia em Jacarepaguá, nas eleições de 2014, o vereador Marcelo Siciliano foi ouvido sobre o caso Marielle na última sexta-feira (7). A sua assessoria de imprensa confirmou, nesta segunda-feira (9), que Alexandre Pereira colaborava com ele junto aos moradores de algumas localidades da região em que foi executado. De acordo com o parlamentar, o líder comunitário reportava ao gabinete as necessidades da Zona Oeste do Rio.