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As ações da Marfrig disparam nesta segunda-feira (9) na Bolsa brasileira, após a empresa comprar 51% das ações da National Beef, quarta maior processadora de carne bovina dos Estados Unidos. Com isso, a brasileira se torna a segunda maior maior processadora de carne bovina do mundo, com um faturamento consolidado de R$ 43 bilhões. A primeira é a também brasileira JBS. Às 12h24, as ações subiam 16,39%, para R$ 7,24.
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Em relatório, analistas do BTG Pactual avaliam que a operação, à primeira vista, surpreende, considerando as metas agressivas de desalavancagem da Marfrig. A empresa busca alcançar um índice de alavancagem -uso de empréstimos para aumentar a rentabilidade- de 2,5 vezes até o fim do ano.
"A notícia aqui é que a Marfrig está abertamente falando sobre a venda total da Keystone", indica. A empresa é especializada e dedicada à produção, comercialização e distribuição de alimentos para o canal food service no Brasil.
"Claro que isso dependeria da avaliação, mas nós estimamos que a companhia resultante poderia ter uma relação dívida líquida/ebitda baixa como 1,5 a 2 vezes", indica a nota. Essa relação indica em quanto tempo a empresa conseguiria pagar suas dívidas com sua geração de caixa.
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Os analistas veem como positiva a nova posição da Marfrig, considerando o negócio anunciado nesta segunda e a venda da Keystone.
"Nós teríamos um operador de proteína mais focado, com uma muito diversificada marca de carne na América do Sul e nos Estados Unidos, e com uma altamente sinérgica base de clientes", dizem.
Além disso, o compromisso de crescimento da Marfrig de manter o baixo endividamento é positivo em um setor onde a dívida majoritariamente explicou a falta de criação de valor por muitos anos.
A Marfrig pagará US$ 969 milhões (R$ 3,3 bi) pela participação e, concluída a transação, passará a ser a segunda maior processadora de carne bovina do mundo, com um faturamento consolidado de R$ 43 bilhões. A primeira é a também brasileira JBS,
A National Beef exporta para 40 países, incluindo o Japão e a Coreia do Sul, mercados atualmente fechados às exportações de carne brasileira.
"Com a transação, teremos operações nos dois maiores mercados de carne bovina do mundo, chegaremos a países consumidores extremamente sofisticados e conseguimos crescer mantendo uma rigorosa disciplina financeira", disse Martín Secco, presidente da Marfrig, em nota. Com informações da Folhapress.