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Desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se entregou à Polícia Federal, neste sábado (10), há uma sensação de que o país está dividido entre contrários e apoiadores da prisão. O quadro geral do Twitter, no entanto, mostra que internautas não estão nem contra, nem a favor, mas sim, céticos em relação ao combate da corrupção no país. Pelo menos é o que mostra a análise dos tweets sobre a prisão do petista na rede social feita pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getútlio Vargas (DAPP/FGV) a pedido do jornal 'o Globo'.
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Dos perfis que entraram para o levantamento, 14,93% defenderam Lula, 25,72% se posicionaram contra o ex-presidente e a parcela de "céticos" é de 42,9%. Este último grupo não acredita que a corrupção no país está sendo combatida e dá como exemplos de impunidade com outros políticos, como presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB).
"A polarização ainda existe, mas o grupo dos céticos está enorme, 42% do debate é protagonizado por ironias contra o Lula e o antipetismo, falta de questionamento da prisão, a questão do Temer e principalmente do Aécio. Esse grupo de céticos é muito importante, porque eles estão duvidando da política como um todo, principalmente dos grandes atores da política", diz o diretor do DAPP/FGV, Marco Aurélio Ruediger.
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