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Relatório elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em fevereiro deste ano solicitou a construção urgente de uma "muralha para isolamento" do Centro de Recuperação Penitenciário do Pará 3 (CRPP 3), na região metropolitana de Belém, e pediu que fosse encontrada uma solução para a "profunda superlotação" do local. Nesta terça-feira (10), 23 pessoas morreram durante uma tentativa de fuga do presídio.
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Segundo a Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará), a ação foi realizada de maneira coordenada. Um grupo de presos iniciou um motim dentro do presídio, enquanto criminosos tentavam fazer o resgate de detentos pelo lado de fora do complexo, que fica às margens da rodovia BR-316.
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Em fevereiro, o CNJ solicitara a construção da muralha justamente para evitar "a facilidade do resgate realizado com apoio externo", situação classificada como "alarmante, insustentável e recorrente". Também afirma que objetos ilícitos, como armas, são constantemente arremessados para dentro do presídio, o que seria dificultado pela recomendada muralha.
O relatório, elaborado a partir de inspeções presenciais, aponta profunda superlotação do presídio, que teria capacidade de 432 presos e estaria abrigando 660 em condições definidas como "péssimas".
O texto ainda pede reforço urgente da estrutura de segurança da área de visitação, que não conta com uma muralha, mas apenas com "um alambrado e concertina, situação de vulnerabilidade inaceitável para um presídio de alta segurança".
As fugas em massa são colocadas como "recorrentes" no relatório. Com informações da Folhapress.